Não é preciso esperar as eleições para que os candidatos à Prefeitura digam do que precisa Salvador. A cidade da Bahia, mundialmente reconhecida como a cidade da luz barroca e das águas imantadas de prazer e do sol, também é reconhecida por ser a cidade do mijo, cidade dos que não têm lugar onde morar, cidade dos que andam a pé, cidade que não tem passeio público, cidade que não tem estacionamento público, cidade dos jovens que morrem nas periferias, cidade que não tem empregos para todos, cidade que se privatiza e se fecha para o restante da população...
Salvador é uma cidade rica e plural. A diversidade é hierárquica e poder e dinheiro mandam por aqui. Temos belíssimos intelectuais e ricos investidores na cidade que não gostam da maioria da população. Ainda fazemos congressos internacionais e sonhamos com as fachadas de Barcelona e Madri. Temos muitas pessoas que estragam a cidade e outras que parecem nem existir nela. Precisamos mudar a atitude da cidade sobre nós mesmos.
O carnaval tá chegando e precisamos saber qual o preço filosófico e civilizatório da baianidade nagô. Até quando cederemos às investidas fáceis dos empresários gananciosos do setor imobiliário, do setor dos transportes e do setor hoteleiro que mandam na cidade e nem parecem gostar tanto dela assim. O Estatuto do Carnaval precisa tratar da riqueza que ele produz e não da miséria que é ocultada através dele.
Cultura e arte também não são suficientes para debater o poder do dinheiro e do desenvolvimento econômico da cidade. Um milhão de pessoas andam a pé e o transporte público tem ônibus feio, velho, cheio e quente para os bairros populares e ônibus bonito e novo para os bairros mais vistosos. O sistema habitacional necessita de 100 mil casas. Uma parte da população morre aos milhares executados todos os dias. Mais de duas mil pessoas moram nas ruas e o sistema de TV simula um teatro diário de julgamento e execução de pessoas em conluio com os grupos de extermínio e poderes constituídos. A violência e seu enfrentamento viraram um produto à venda. Muitos vivem de estatísticas e relatórios sobre a miséria e a morte dos outros.
Não sabemos ainda se Salvador nasceu apenas para ser uma fortaleza, ou um centro da colônia... Entretanto, continuamos a fechar ruas e prédios e a transformar Salvador na cidade das Vilas, Residences e Palaces. Nas micro cidades sitiadas. É o fim da Cidade.
Mesmo tendo uma forte indústria, a infra-estrutura da cidade é a mesma de 30 anos atrás. Sabemos muito bem porque o metrô já leva 10 anos e os seus 6,5 quilômetros de percurso não chegarão a lugar algum. Sabemos muito bem porque o projeto de revitalização do Centro Histórico e do Comércio parecem não acabar.
Agora é preciso ter coragem. Se quiser governá-la será preciso gostar de Salvador. A cidade precisa de quem goste dela. Na verdade, a cidade precisa de quem goste de quem vive nela. Alguém se candidata a gostar de Salvador e a ter propostas sólidas para a maioria de sua população?
Sérgio São Bernardo
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Booker T. Washington
Booker Taliaferro Washington, (5 de abril de 1856, em Condado de Franklin, Virginia, EUA - 15 de novembro de 1915) foi um escritor e educador estadunidense. Por falta de recursos da família não freqüentou a escola e, aos nove anos, começou a trabalhar para sobreviver, inicialmente numa fábrica de sal e, depois, em minas de carvão. Determinado a estudar, entrou para o Instituto Normal e de Agricultura de Hampton (1872), onde trabalhou como zelador para custear os estudos. Graduado (1875), passou a lecionar para crianças e adultos. Julgando a cultura e a qualificação profissional mais eficazes que a luta política pelos direitos civis, conseguiu entrar para a administração de Hampton (1879) e participou de um bem-sucedido programa experimental de educação indígena. Foi nomeado diretor da nova escola normal de negros em Tuskegee, Alabama (1881), onde ficou até sua morte. Seu sucesso nessa função tornou-o porta-voz dos negros americanos. Entre seus livros destacaram-se duas autobiografias, Up from Slavery (1901) e My Larger Life (1911).
Washington, Booker T.Julgando a cultura e a qualificação profissional mais eficazes que a luta política pelos direitos civis, Booker T. Washington liderou os negros americanos na conquista da educação como meio de afirmar-se. Booker Taliaferro Washington nascido em Franklin County, Virgínia, Estados Unidos, em 5 de abril de 1856. Em decorrência da extrema pobreza da família, não freqüentou a escola. Aos nove anos trabalhou numa fábrica de sal e, depois, em minas de carvão. Em 1872, a determinação de estudar levou-o ao Instituto Normal e de Agricultura de Hampton, onde trabalhou como zelador para custear os estudos. Graduado em 1875, passou a lecionar para crianças e adultos. Em 1879 ligou-se à administração de Hampton e participou do bem-sucedido programa experimental de educação indígena. Em 1881 foi nomeado diretor da nova escola normal de negros em Tuskegee, Alabama, e seu sucesso nessa função tornou-o porta-voz dos negros americanos. Entre seus livros estão duas autobiografias, Up from Slavery (1901; A partir da escravidão) e My Larger Life (1911; Minha vida mais vivida). Booker T. Washington morreu em Tuskegee, em 14 de novembro de 1915
http://pt.wikipedia.org/wiki/Booker_T._Washington
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010
Dogma religioso + Tabu da Igreja
O teólogo jesuíta norte-americano Roger Haight, 72 anos, foi proibido pelo Vaticano de ensinar e, publicar, escrever ou falar de assuntos teológicos. Ele é o Autor do incendiário livro Jesus, símbolo de Deus.
Não 'emendado' desde 12/2004 acusado SCDF de 'causar danos a fiéis' com suas palestras e livros, que segundo a Igreja põe em perigo as 'doutrinas tradicionais' Mesmo estando proibido de 'abrir a boca' e 'movimentar os dedos',Haight, publicou ainda :O futuro da Cristologia , Dinâmica da Teologia, reiterando tudo o que anteriormente disse. Resultado: foi expulso da Escola de Teologia em Weston e ambridge; foi ensinar na UNION, entretanto a Igreja diz que "ele não pode ensinar em lugar nenhum"!
As idéias e Haight, diz que Jesus, símbolo de Deus é apenas uma tentativa de expressar as doutrinas tradicionais sobre Cristo e a salvação em uma linguagem apropriada à cultura pós-moderna.
LIVROS PUBLICADOS - ( que pela expulsão que ele teve, vale - e muito! a pena ler)
* The experience and language of Grace, 1969.
* An alternative vision: an interpretation of liberation theology, 1985.
* Dinâmica da teologia, 1990, segundo lugar como melhor livro de teologia de 1991 da Catholic Press Association. traduzido em português pelas Edições Paulinas (Brasil).
* Jesus, símbolo de Deus, 1999, prêmio de melhor livro de teologia da Catholic Press Association em 2000, traduzido em português pelas Edições Paulinas (Brasil).
* O futuro da cristologia (2005), terceiro lugar do prêmio em teologia do Catholic Press Association, em maio de 2006, traduzido em português pelas Edições Paulinas (Brasil).
* A comunidade cristã na história (2004-2005), em dois volumes.
Referencias:
http://edsongil.wordpress.com/2009/04/20/nao-existe-um-jesus-zumbi/
http://pt.wikipedia.org/wiki/Roger_Haight
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